sexta-feira, junho 16, 2006

Onde me conseguirás encontrar?

Escutando com os olhos que a audição de nada conta... Observo os sentidos de uma forma bem mais simplista. Tento entrar recolher e fornecer a mim mesmo o sentido de tudo e coisa nenhuma, por assim dizer. Hoje sou eu que te vejo morrer...
Não porque te matei, ou porque o queira fazer... Hoje apenas sou eu que te vejo morrer... Aos poucos, por ti... Ao pensares:
Criar ilusões, sonhar e sentir; as contradições revelarem-se nos mais valiosos momentos. A única palavra é desistir... E na eventualidade de chegar novamente a acreditar, antes do novo passo cria-se já um futuro na cabeça onde tudo vai acabar...
De que vale a pena insistir? Pensas tu... Acreditas na impossibilidade de poder acontecer... Até que ponto a verdade te deixará novamente convencer?
E se não for esta a verdade perguntas tu... Porque não uma outra realidade, num novo corpo nu?
E voltar a insistir, mas de novo, uma vida nova... Do zero, absoluto?
Nunca nada vem do zero absoluto...
Acreditar é mais dificil que resistir... E desistir mais ainda que acreditar.
E se desistes? Acreditavas? Ou simplesmente pensavas que acreditavas por as coisas não serem à medida certa do teu pensar.
E se quem tu queres te está a amar e vês ao longe a vida passar. E se voltas atrás, erras novamente e sabes que assim o é... Esquecendo que o futuro é mais à frente, e quem te ama loucamente se encontra na mesma maré... E vês tudo lá para trás e recordas novamente. A dor constante, no corpo cansado de tanta vida acabada. E agora perguntas a ti mesmo? Deverei desistir, partir?
Se calhar deverás sim... Só é pena que seja de ti.
Nunca me doeu não te ter... Pois acreditando sempre... Sempre te tive aqui... O que doi no fundo é que não te tenhas e penses viver um novo mundo assim... Sem ti...
Não me odeies por não querer viver esse desespero que te acompanha... estou cá para ti... Para o que precisares... Mas a vida continua... E eu decidi continuar... Sem ti?
Tu estarás sempre lá....
E eu? Onde me conseguirás encontrar?