quarta-feira, janeiro 26, 2005

À Procura...

Caminhamos de ferro e latão, mas ao casaco do fato damos, com ouro, uma-de-mão.
Queremos a elegância constante, uma necessidade de poder. Interiorizamos a inocência da criança que depois de crescer em nós, acabará por morrer... E porque é assim que temos que ser, somos simplesmente a aparência do nosso ser.
Somos sociedade possuída, fazemos da escada da vida, o escadote da pobreza. Cansamos os corpos e as almas escravas e damos facadas nas nossas costas criando a ideia de ser em nossa defesa.
Lutamos sem causa aparente, transformamos o significado do sorriso na consequências de uma noite na tasca encharcados em água-ardente e dormimos em camas vazias em que nada encontramos, nem mesmo nós.
No fundo procuramos, procuramos e descobrimos quando acordamos que o sonho era real e que estamos mesmo sós.
Procuramos e criamos a ideia do bonito, qd o que conta é realmente é cheque do ordenado, aquilo que lá vem escrito.
E se a alma nos apregoa qualquer coisa mais profunda, procuramos e desesperamos e amamos em tom de sarcasmo, quando no fundo violamos e matamos..... simplesmente... à procura de um Orgasmo.