Deixo que a espuma do mar chegue e me toque, lânguida língua que me provoca sensações estranhas...
Ontem reparei nas estrelas, a necessidade de olhar um infinito, que de infinito só tem a lembrança...
Recuei no tempo, viajei no traço contínuo de história e observei, concerteza, coisas que não são existenciais, mas pouco importa. E, se por acaso importasse, o momento não se tornaria oportuno, para que sentisse esse efeito no meu corpo.
Olhei atentamente cada uma das cores de um arco-íris imaginado em pleno escuro do universo e recuei no tempo uma vez mais, voltei à vivacidade da minha juventude ao descobrir que os momentos são feitos de sensações e a sensação de ti, amor, torna-se naturalmente mais bela quando o teu cheiro acompanha o meu olhar no espaço lá fora.
Aqui dentro do nosso espaço, o meu mundo confunde-se e funde-se com o teu, enquanto todo o mundo continua a girar.
Espaço que percorro contínuo, sem tempo, e sem pensamento, porque o tempo se funde e o pensamento confunde os anos que passam.
E agora, sorrio para ti, nesta lágrima que me desce sem que me aperceba a felicidade que nela é transportada (que é muita). E o mar, o mar lá fora, junta as cores que são enviadas de um outro mundo, envolve-nos o pensamento e transforma o tempo em pequenos símbolos de paixão que os dois amantes partilham.
Quero ser no mar mais uma passagem e no seu interior ser a mesma ilha com que sempre sonhaste.
Obrigado por tudo, neste meu mundo que agora também é teu.