terça-feira, junho 27, 2006

Luz...

Mais um passo... Mais um e outro... Não sei para onde caminho, só sei o que procuro... Estou cego neste momento... Acordo desesperadamente cego à procura de um rasgo de luz que me dê algum alento... Sinto-me tão negro por dentro...
Sonho que a luz vem lá ao longe e acordo na mesma escuridão com que adormeci... Não sei se perdi... Ou se simplesmente fechei a luz... Alguém traduz?
Dou-te uma mão e sinto o entrelaçar dos dedos, mas porque começam a devorar-me os medos? Tenho medo de ser encaminhado? Onde está a luz que me dá a certeza de quem está ao meu lado?
O cheiro? esse também o dará? Não sei se será assim tão fácil saber se ainda o há... E se há, não o posso cheirar... É mais um engano que eu tenho de enfrentar...
E se o cheiro não é real? E se a mão não é a tal?
Luz... Onde está a luz?

segunda-feira, junho 26, 2006

Sou eu aqui um vez mais...

Sou eu aqui um vez mais...
Queria ser mais uma vez eu... Se é que pode ser relevante ser alguma vez quem já foi continuando a ser quem sou também...
Sonhei em tempos felizes, digo eu... Que mais que um Rei eu era simplesmente teu...
Neste momento sou apenas meu, e mesmo meu não serei se sou... Acordei e pensei que mais uma vez voo. E como gaivota que se prende ao barco em mar alto, de repende se levante e arranca num voo.
Não sei se será assim tão dificil chegar lá ao alto, onde era suposto chegar... Terei eu que continuar a ratejar se ainda posso voar?
E voar para onde? À Procura do quê? De um reino de além mar, não sei, talvez um reino que conquistei, talvez um reino que pisei, mas não sei onde o encontrei?
E se o encontro por sinal, fechado o castelo por criaturas do mal? Do mal? Porque serão elas do mal e eu do bem? Serei tão mais importante que alguém?
Serei apenas a gaivota, o ínicio da Primavera e ser sempre assim voltando ao inicio da era? E tu onde andarás? Continuarás à procura do mesmo rapaz? Que te trás? Onde chegas? Onde vais? Não lês os sinais? Porque foges e te assustas? Já nem sequer escutas? As palavra? Não... As palavras nada mais são que um desabafo do coração? Do teu? Mas será o teu de ti? Porque foges tu de mim? E se acordas e eu não estou? Ondei fui? Voltarei? Quem serei? Onde me conheceste? O que fizeste? O que esperas tu de mim? Não te mostrei já que ainda conheço as cores do jardim?
E agora aqui tão perto me levanto uma vez mais... Se vou(o) não sei se volto... Afinal... Onde se encontram os ideais?

Queres comprar-me?

Queres comprar-me? levares-me contigo numa enfadonha viagem que poderás ter? Acompanhar-te-ei. Mas desde já te aviso que a compra não será justa. Pagarás 1/4 de pessoa levando apenas 1/10. Será o que resta de mim...
Focaliza-te apenas na lembrança de alguém que já foi alguém e que não consegue mais ser... Ao levares-me será a tua forma sincera de me quereres ver crescer...
Vendo tudo aquilo que pretendas de mim... Menos o meu coração... Esse só se quiseres comprar pedaço a pedaço... Mas de facto nem aí te poderei ajudar... Não sei onde anda cada uma das peças... Se é que ainda há peças...
Queres comprar-me mesmo assim?

domingo, junho 25, 2006

Desculpa...

Sinto o frio de um vazio que me corre, me domina. Calo-me em mim mesmo e passo para ti apenas metade do que doi. E se doi é por mim que um dia to fiz doer em ti e tal como tu dizes o que é meu a mim terá de voltar. Assim começa, foi erro meu também eu terei de compreender o que é errar.
E lamentos que diga, de nada valem porém, suponho que se to posso dizer to diga, pois não será para mais ninguém.
E se acordo sozinho por muito que lá esteja alguém... É apenas um não fisico de ti por que esse é dividido com outro alguém...
E se acordo agora com vontade de chorar... É apenas o pecado que mora em mim e que me quer perdoar.
E pedir-te-ei desculpa de tudo o que tenha e tu tenhas perdido... Mas mais desculpa te peço...
...Por não poderes viver comigo.

sexta-feira, junho 23, 2006

Poder Resistir...

Poder Resistir...
Tocar-te sonho enquanto me envolvo emti... O toque do teu corpo que no meu se faz tanto mais sentido...
Não sei como evitar aquilo que o meu corpo tanto mem pede. Acordo e sonho e não sei onde começo eu e acabas tu...
Tento e tenho que me afastar...
Mas volto sempre ao teu encontro...
Não tenho e nem nunca tive culpa de te amar...

sexta-feira, junho 16, 2006

Onde me conseguirás encontrar?

Escutando com os olhos que a audição de nada conta... Observo os sentidos de uma forma bem mais simplista. Tento entrar recolher e fornecer a mim mesmo o sentido de tudo e coisa nenhuma, por assim dizer. Hoje sou eu que te vejo morrer...
Não porque te matei, ou porque o queira fazer... Hoje apenas sou eu que te vejo morrer... Aos poucos, por ti... Ao pensares:
Criar ilusões, sonhar e sentir; as contradições revelarem-se nos mais valiosos momentos. A única palavra é desistir... E na eventualidade de chegar novamente a acreditar, antes do novo passo cria-se já um futuro na cabeça onde tudo vai acabar...
De que vale a pena insistir? Pensas tu... Acreditas na impossibilidade de poder acontecer... Até que ponto a verdade te deixará novamente convencer?
E se não for esta a verdade perguntas tu... Porque não uma outra realidade, num novo corpo nu?
E voltar a insistir, mas de novo, uma vida nova... Do zero, absoluto?
Nunca nada vem do zero absoluto...
Acreditar é mais dificil que resistir... E desistir mais ainda que acreditar.
E se desistes? Acreditavas? Ou simplesmente pensavas que acreditavas por as coisas não serem à medida certa do teu pensar.
E se quem tu queres te está a amar e vês ao longe a vida passar. E se voltas atrás, erras novamente e sabes que assim o é... Esquecendo que o futuro é mais à frente, e quem te ama loucamente se encontra na mesma maré... E vês tudo lá para trás e recordas novamente. A dor constante, no corpo cansado de tanta vida acabada. E agora perguntas a ti mesmo? Deverei desistir, partir?
Se calhar deverás sim... Só é pena que seja de ti.
Nunca me doeu não te ter... Pois acreditando sempre... Sempre te tive aqui... O que doi no fundo é que não te tenhas e penses viver um novo mundo assim... Sem ti...
Não me odeies por não querer viver esse desespero que te acompanha... estou cá para ti... Para o que precisares... Mas a vida continua... E eu decidi continuar... Sem ti?
Tu estarás sempre lá....
E eu? Onde me conseguirás encontrar?

quarta-feira, junho 14, 2006

"Amo-te tanto que até doi"

Passamos, estamos e sempre frequentamos o nosso interior procurando mais calma, ternura e consequentemente defenir o que chamamos de amor...
E se cai a tristeza, levantada será, independencia que grita, simbolismo hipócrita na dificuldade de acdreditar...
É triste a ideia de te amar...
Acreditas num mundo que demoraste a acreditar e dás de bandeja a quem não o quer sequer provar...
Importa o sentimento, de que importa afinal se no teu julgamento, és julgado por teres feito justiça e condenado à pena capital...
E se chorar eu pudesse, mas sequei a fonte submersa, num desabar de toda a minha vida...
E se de facto a cabeça está erguida, finalmente pode falar... Gritar com o mundo em plena raiva... O coração acaba de parar...
"Amo-te tanto que até doi" (frase de autoria Pê)

terça-feira, junho 13, 2006

Estou aqui para o que precisares...

Encontro comigo, contigo porque tu és eu em mim...
Se passa mais, por ser mais que amigo, neste momento é isso que de mim tens...
Se to posso dar então recebe, serei mais do que alguém...
Serei ombro na tristeza e a verdade é que a delicadeza, essa não se pede a ninguém...
Será tua pq é tua e minha pois será também...
E se choras pq chorar não é mal nem bem... Aqui eu estarei presente...
Ainda mais que consciente, que nestas alturas é bom, um alguém...
E se esperas que te mate de carinhos é com dor que tos mato...
Esperando que todos os beijinhos nunca cheguem ao doce de um abraço...
Estou aqui para o que precisares...

segunda-feira, junho 12, 2006

É mais além que isso...

É mais além que isso... É muito mais além... É simplesmente o esperar ouvir o suspiro de um mesmo alguém, que sem contar espera, que se suspire para ele também...
A solução está no Norte, perdido do tempo das descobertas e o encontro somente a sorte de garante que não deseperas...
Mas sorte não é sorte sem sorte decidida pelos actos... Compassos primeiros gritos e o choro dos desabafos...
E se confusão parece o texto, é o turbilhão que aqui se encontra, em que o sorriso é sincero, mas o choro também revolta...
E se pensas que me perco, acredita que cada vez mais me encontro... Esperando que seja sincero o amor que dentro sinto..
E agora aqui me encontro numa luta pessoal, entre descobrir cada um dos erros e fazer da correcção o ideal...
Mas como corrigir o incorrigivel e como poder conquistar quando a amor já é possível e quem tu queres te está a amar...
Qual é o nó que não quer prender? Qual o fio que se solta...
Se é contigo que quero morrer e viver a vida toda?

quinta-feira, junho 08, 2006

As folhas...

As palavras passam a ser meras e delicadas pétalas daquela flor que se encontrava bem murcha no jardim. Aquela que um dia apodreceu, deixando apenas intacta a sua raiz... Nada visível aos outros, e só por si mesma se sabia que vivia...
Renascem novas pétalas... mas o caule ainda mole, bem mole, tenta dar um salto em direcção ao sol...
Mágicos são os momentos que a flôr guarda em si...
As pequenas fragilidades ainda a assustam, mas esta teima em viver, renascer, por assim dizer...
Sim, a minha alma é a parte fundamental desta folha, o meu corpo a essência de cada uma das pétalas e o caule, esse... esse é a coragem e a força que tentam vingar...
Hoje lanço o primeiro suspiro como ser já vivo e em reconstrução...
Quero abraçar um mundo, mas ainda não tenho folhas... Estas demorarão um pouco mais...
Demorarão um pouco mais...