segunda-feira, janeiro 31, 2005

Um só...

Pensei que fosse fácil... Deveria ser tudo fácil, mesmo depois de o complicar.
Essa é uma das minhas mais estúpidas características.
Encontro-me só por opção e ao mesmo tempo a minha própria opção me diz que quero estar contigo.
Demorei muito tempo para confrontar a minha pessoa com a minha realidade e descobri que a realidade não é tão simples quanto pensei que fosse.
Amo-te e demorei a descobrir e agora que te chamo, quiseste tu partir, lamentando eu por ter sido o primeiro a sugerir.
Queria-te pertinho de mim e aproximaste-te rapidamente, a sensação de conforto apoderou-se e o medo juntou-se, levando-me a mandar-te embora com o receio de me magoar e te magoar.
Voltaste ao outro lugar, onde não querias ter saído, mas que saíste pq eu cheguei. Entretanto enviei-te novamente para lá e agora não queres tu voltar.
Não irei perguntar onde errei, porque eu sei.
Lamento neste momento sermos dois em vez de um só.
Quem sabe... Quem sabe...

quinta-feira, janeiro 27, 2005

Esperando...

Lembrei-me do que esqueci e recordei o quanto espero por ti. Encontro-te em cada passo, devido ao asfalto, descalço, tropeço e caio novamente em mim.
Espero o encontro da tua pessoa, querendo eu que sejas tu ou não, envolva-me em cabos de aço, coração amarrado, desfaço a falta de atenção... Que ilusão.
Devolvo sentimento barato que procura, noite a cidade escura, encontro uma ranhura, porta, fechadura que luz do outro lado espera.
Encontro-te, quem me dera, luz da Calma do frio que ao Calor dá cor da Primavera... amor...
Sento que tu existes e que encontro, asfalto que da sinceridade, um ponto de mocidade que vejo em ti. Esperei e encontrei, quem sabe que sabe que sei que no fundo o que esqueci, foi que amei um dia assim por alguém e quem sabe mais ninguém me perceberá, sentimento que do outro lado de lá, alguém com tempo o espera para explicar. Mas o vento trouxe-te para cá, aguento o sentimento, sim cá dentro para que não o possas sentir. Abril, que de dia 1 mentira fazes e assim o dou a entender, sem te poder dizer o quão importante és. Simplesmente porque a tua felicidade dizes tu ser, por outro igual. Sem poder ser eu. Porque espero por ti afinal?

quarta-feira, janeiro 26, 2005

À Procura...

Caminhamos de ferro e latão, mas ao casaco do fato damos, com ouro, uma-de-mão.
Queremos a elegância constante, uma necessidade de poder. Interiorizamos a inocência da criança que depois de crescer em nós, acabará por morrer... E porque é assim que temos que ser, somos simplesmente a aparência do nosso ser.
Somos sociedade possuída, fazemos da escada da vida, o escadote da pobreza. Cansamos os corpos e as almas escravas e damos facadas nas nossas costas criando a ideia de ser em nossa defesa.
Lutamos sem causa aparente, transformamos o significado do sorriso na consequências de uma noite na tasca encharcados em água-ardente e dormimos em camas vazias em que nada encontramos, nem mesmo nós.
No fundo procuramos, procuramos e descobrimos quando acordamos que o sonho era real e que estamos mesmo sós.
Procuramos e criamos a ideia do bonito, qd o que conta é realmente é cheque do ordenado, aquilo que lá vem escrito.
E se a alma nos apregoa qualquer coisa mais profunda, procuramos e desesperamos e amamos em tom de sarcasmo, quando no fundo violamos e matamos..... simplesmente... à procura de um Orgasmo.

sexta-feira, janeiro 21, 2005

Desesperadamente à procura de mim

Procuro-me desesperadamente em mim, sabendo eu que te encontro a ti.
Calmamente desespero, como se fosse possível alguém desesperar calmamente.
Pretendo encontrar o meu ser antes que me perca no teu, porque chego mesmo ao ponto de não entender, onde acabas tu e começo eu. Que loucura esta.
Queria apenas um espaço, mesmo que reduzido, onde o sentimento e o pensamento pudessem fazer algum sentido e me pudesse entender. Queria apenas usufruir de um espaço imaginado, onde a realidade de estar ao teu lado pudesse ser trazida de novo para a realidade actual...
Ter-te novamente nos meus braços e dizer-te nos meus abraços o quanto és especial.
Deixa-me entrar no teu mundo e dizer-te em cada momento, sem palavras de preferência o quanto te pertenço. Deixa-me roubar-te o que sinto ser meu, e voltares tu a seres eu. Acordar sem rumo e sem destino certo, porque estando juntos o meu destino serias tu, porque sendo tu eu voltaria a ser eu....

quinta-feira, janeiro 20, 2005

Revolta Social

Manhã de chuva, enfadonho sonoro do despertador para mais um dia na labuta.
Desespero de caras terrivelmente pálidas que nos transportes dormem de pé, pensando no pesadelo da noite em branco passada.
Dá-me repulsa social ver que todos caminhamos, como que dormindo ainda, pelos transportes sociais da cidade à espera de uns míseros trocos que no final do mês sustenta apenas as pseudo-refeições que tomamos para que possamos continuar para o mês seguinte.... E assim sucessivamente durante anos e anos a lutar por uma causa que nem sabemos bem qual.
Dependo de uma sociedade que já não vive nem sobrevive. Arrasta-se a pensar num futuro melhor que tende em não querer chegar. Dói-me a consciência de pensar na ausência do futuro melhor que os meus avós prometeram aos meus pais e os meus pais e a mim e eu, supostamente, irei transmitir para os que me seguem.
Afinal para que serve a esperança?

quarta-feira, janeiro 19, 2005

Lábios...

Lábios de desvaneio que os teus os quero sentir.
Cidade que na noite transformas o alheio na sensação de o amor existir, colidir.
Esqueço os pretos laços da madrugada que me trazem dor ferrada no coração que me deixa embalar.
Apareces tu no escuro, presumo antes da noite se fazer dia para evitar o meu consumo, só porque o prazer faz parte do meu consumir.
Mas é o teu corpo que está a colidir, foi-se embora mais cedo e deixaste a alma presa, e tal como eu irás perceber que ela não quis partir.
Azul em negros tons de pérola que me está a possuir.
Tal como o diamante a estrela, ofuscando o próprio sol como raridade bela quis partir sem ter que ir.
Assim tu, pretendo que percebas que os lábios de desvaneio que os teus os quero sentir... Possam de novo em momento físico, juntar a tua alma e boca nas minhas e regressar p’ra não partir.
Juntar...
Terra, mar....
Poderio de sinceridade, a luz branca do teu negro olhar.

terça-feira, janeiro 18, 2005

Primavera que se está a aproximar

Queria ter-te novamente nos meus lábios... em mim...
Mergulhar em conjunto contigo no meu sonho em que acordo a sorrir.
Queria voltar a ter-te na alma, objecto de loucura calma, do mundo que reinventei nos teus braços enquanto a felicidade mo estava a permitir.
Amo-te, é um facto... e não me é possível corrigir.
Por não o poder alterar descontrolo-me e comigo mesmo controlo uma forma de não te ter cá dentro a incomodar...
Mas não incomodas.
O que me incomoda é não te ter comigo p'ra me abraçar...
Desejo um dia, poder ouvir-te em sintonia comigo a ver o pôr-do-sol... perto do mar.
E porque não nesta nova Primavera que se está a aproximar?

segunda-feira, janeiro 17, 2005

Amar

Sentado....
Na Cadeira do trabalho, logo cansado.
Ilusão de o certo estar errado.
Olá...
Daqui sou eu que sorri para ti.
Sejas tu quem fores, coberto jardim, de certo o meu céu em flores.
Canta-me poesia daquela que não rima, para que não seja igual.
Junta no teu mundo de princesinha uma fantasia minha e de repente sorrio.
Grito uivo de animal.
Choro? Sim pq me apetece chorar qd quero e nada se compara ao desespero de se querer e não poder chorar.
Céu rosa, azul verde do mar. Abraçar.
Apetece-me abraçar. A vida o mar.
Apetece-me apenas dizer-te: Vem Amar.....

domingo, janeiro 16, 2005

Janeiro

São anos que passam, Janeiro os marcam e aquilo que sinto é que não trago na embalagem o que queria.
Tenho Recordações, e de resto estou só.